segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Faixa Preta, esse nome tem história...

Renildo Nunes, paulistano de 1966, que desde cedo teve uma relação intensa com a prática esportiva. Personalidade inquieta e intempestiva, aos nove anos foi apresentado ao judô. O Sensei, Prof. Kaishi Nagao, austero e sempre preocupado com a formação humana de seus alunos, mais do que cobrava, demonstrava através de ações cotidianas a importância da disciplina e humildade em fortalecer a prática sadia do judô.
Aos doze anos surgiram as primeiras medalhas, representando a Associação de Judô Ipiranga, em São Paulo. Sempre aliando escola e esporte, o aumento progressivo na prática propiciou resultados mais expressivos, como a conquista do primeiro título brasileiro na categoria juvenil.
Conforme as conquistas aumentavam, as portas se abriam. Assim, surgiu o convite para integrar a equipe Esporte Clube Pinheiros. Essa mudança favoreceu a oportunidade de conviver, treinar e competir com grandes atletas do cenário nacional, como Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Douglas Vieira, Walter Carmona, entre outros. Os resultados foram cinco títulos estaduais em São Paulo, dois brasileiros e a primeira participação internacional no Pan-Americano Júnior, em 1985, na Cidade do México, conquistando a medalha de bronze. Naquele mesmo ano, participou do Aberto dos EUA, realizado na cidade do Colorado, onde conquistou o 5º lugar, entre 60 participantes.



Em 1986, participou do Mundial na Itália e Aberto dos EUA, além de ingressar na faculdade de Educação Física de Santo André, FEFISA. Em 1987, morando na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, participou da equipe do Frigorífico Chapecó. Este novo desafio gerou muitos frutos, pois conquistou o Estadual, Jogos Abertos, Brasileiro e o Pan-Americano.
No ano de 1988, morando em Florianópolis, integrou a equipe da ADIEE, acumulando as funções de atleta e técnico da equipe adulta do Instituto Estadual de Educação. Neste período, cursava a faculdade de Educação Física na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC e, no âmbito esportivo, integrava a Seleção Brasileira.
Disputou o Circuito Europeu, conquistando um vice-campeonato na Alemanha, uma medalha de bronze na Bulgária, além de ser o primeiro atleta brasileiro da categoria meio-médio a subir o pódio nessa competição.

No ano de 1990, após disputar a Copa de Judô em Tókio, no Japão, alcançou o maior dos seus sonhos, estagiar na Meca do judô mundial. Morar na cidade de Tsukuba, no Japão, e treinar na Universidade Tsukuba foi um feito fundamental para sua formação, pois teve a oportunidade de presenciar e sentir de perto toda a energia que os mestres do judô mundial emanam aos que convivem com eles.
De volta ao Brasil e terminada a graduação, iniciavam novos desafios, a conclusão da especialização em Administração Esportiva pela Udesc e o ingresso como docente nesta instituição de ensino superior. Ainda no âmbito profissional, tornou-se Coordenador de Extensão do Centro de Educação Física da Udesc, além de fazer parte do quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol e Federação Catarinense de Futebol. Em 1997, após a conquista da décima medalha de ouro nos Jogos Abertos do Estado de Santa Catarina, encerrou a participação competitiva no judô, compreendendo que poderia contribuir em outros aspectos para a conscientização da prática sadia das artes marciais.
Desta forma, ingressou no mestrado em Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2000, na área de Teoria e Prática Pedagógica.
O apreço por cervejas especiais iniciou nas viagens internacionais representando o país em competições de judô.Com o passar dos anos, o desejo em se aprofundar nessa instigante bebida cresceu, iniciando assim o processo de aprimoramento para a produção da sua própria cerveja, nomeada, pela sua história de vida, Faixa Preta.
Abraços,

Cleide Marchi

3 comentários:

  1. Que maravilha saber mais detalhes dessa história

    Um grande abraço a nosso casal preferido e vida longa para a FAIXA PRETA, que dispensa comentários!

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  2. Parabéns Renildo, legal saber de sua história de vida e te parabenizo pelo excelente trabalho realizado dentro da Udesc.
    Marcelo G. Cardoso
    Ginásio do CCT

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  3. Cara... me diz um negocio, a associação de judo ipiranga é aquela na R. Percilio Neto.

    Eu fiz judo lpa a uns 15 anos atras, e sempre tive muita saudades dessa epoca, hj liguei lá para me informar se ainda era um dojo, porem, me informaram q nao é mais...

    caso seja esse o caso... vc tem noticias do que aconteceu com o sensei e a associação???

    abraço

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